Foto: Reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou que o Brasil voltou a integrar a União das Nações Sul-Americanas (Unasul). Na prática, o presidente reverteu uma decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que retirou o Brasil do bloco em 2019.
O decreto do retorno foi assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e publicado em edição extra no Diário Oficial da União (DOU) na quinta-feira (6). A volta do país ao grupo passa a valer oficialmente no próximo dia 6.
Em nota, o governo afirmou que o retorno é reflexo da nova política externa do Brasil. "Em um momento de retomada de suas principais alianças internacionais, o Brasil voltará a fazer parte da União de Nações Sul-Americanas (Unasul)", diz um trecho do texto.
Ainda segundo o governo, o retorno tem como objetivo “fomentar a integração entre os países sul-americanos, em um modelo que busca integrar as duas uniões aduaneiras do continente, o Mercosul (Mercado Comum do Sul) e a CAN (Comunidade Andina), mas indo além da esfera econômica, para atingir outras áreas de interesse, como social, cultural, científico-tecnológica e política”.
A Unasul foi criada em 2008, mas depois acabou perdendo força. Atualmente Argentina - que também saiu e retornou recentemente -, Bolívia, Guiana, Suriname e Venezuela integram o bloco. Já o Peru está suspenso, por conta de sua última crise política.
O tratado de criação do bloco apresenta como objetivos criar um espaço de "integração e união no âmbito cultural, social, econômico e político" entre nações integrante e "com com vistas a eliminar a desigualdade socioeconômica" existente no continente.