Os sindicatos dos rodoviários e dos empresários dos ônibus não chegaram a um acordo e a greve desta quinta-feira (25) está mantida, até o momento. Em reunião entre as categorias na manhã desta segunda-feira (22), as demandas foram recusadas pelas empresas, que ofereceram reajuste salarial de apenas 1.98% em contraproposta aos 10% reivindicados pelos rodoviários.
Na pauta da categoria também constam o aumento do ticket alimentação e a compensação das horas extras em pagamento no final do mês, itens não acatados pelos representantes das empresas.
“A empresa ofereceu 1,98% de reajuste salarial e não aceita discutir mais nada”, diz o vereador Tiago Ferreira (PT), dirigente do Sindicato dos Rodoviários, em entrevista ao Metro1. “Apresentamos os 15 pontos de pauta e eles não aceitam negociar”.
O assessor de Relação de Trabalho da Integra, Jorge Castro, afirma que as demandas não têm como ser atendidas. "De antemão, as propostas são inviáveis. Não tem condições nenhuma de conceder. As empresas passam por um momento muito difícil”, explica ele.
Impasse da frota
O Sindicato dos Rodoviários propôs que somente 30% da frota dos ônibus circule no dia da greve, no esquema de catraca livre - sem cobrança de passagem. “Eles querem 30% sem cobrar tarifa, e a gente quer 80%, na hora do pico, e 60%, com a tarifa”, declara o representante da Integra.
O assessor informa ainda que a empresa já solicitou o dissídio coletivo de greve ao Ministério do Trabalho, em que, durante casos de divergência entre um grupo de funcionários e empregadores, a situação é resolvida por intervenção judicial que direciona a um consenso.
“Até o último momento, que seria quarta-feira, continuaremos abertos às discussões”, diz Tiago Ferreira. Uma nova reunião entre as categorias está marcada para acontecer nesta quarta-feira (24). A questão da retirada dos cobradores de ônibus não esteve na pauta da reunião desta segunda.
