Casal filmado envolvido na entrega do dinheiro oriundo de contratos ilícitos do Kit Robótica podem estar envolvidos em outros esquemas de desvio de verba pública. Segundo a Folha de S. Paulo, Pedro Magno e Juliana Cristina foram responsáveis por fazer a ponte entre o Ministério da Educação (MEC), com Luciano Cavalcante, então principal assessor do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), demitido devido à operação.
Pedro e Juliana teriam ainda uma rede de empresas que são de fachada, mas que receberam altas quantias de verba pública. Uma dessas é a Megalic, que tem também Edmundo Catunga como um de seus sócios. A companhia foi uma das responsáveis por comprar os kits superfaturados de robótica para Alagoas, já Catunga, aliado de Lira, repassou verba para construção da casa de Luciano Cavalcante.
Segundo a PF, as movimentações financeiras do casal "demonstram sérios indícios" de que eles "seriam possivelmente operadores de considerável e amplo esquema de lavagem de capitais em vários estados da Federação, ocultando e dissimulando bens, direitos e valores provenientes de práticas delitivas cometidas por diversos núcleos criminosos, com ou sem conexão entre si". Na Operação Hefesto, em 01 de junho, a dupla chegou a ser alvo de mandado de prisão, mas foi solta no mesmo dia.
