Mais um passo foi dado para a elaboração do Plano Municipal de Segurança Pública, com a terceira Oficina de Construção Coletiva, que dessa vez foi voltada para profissionais dos veículos de comunicação de Camaçari. O encontro ocorreu na tarde dessa segunda-feira (4/9), no auditório da Secretaria de Governo (Segov).
O evento teve o objetivo discutir e conciliar as prioridades do município, e contou com a leitura da proposta do documento; considerações relacionadas a possíveis equívocos e às verbas operacionais; e aperfeiçoamento dos elementos do plano. Da prefeitura, a Secretaria da Administração (Secad) é responsável por montar o documento, que é uma demanda do Comitê Intersetorial de Segurança Pública (Cisp), capitalizado pelo Ministério Público.
A coordenadora do plano de Camaçari, Sara de Andrade, explicou os passos para que o documento seja criado, "a gente começou a trabalhar junto a Ufba [Universidade Federal da Bahia], que fez todo o diagnóstico de vitimização e foi apresentado, e agora a gente está na segunda etapa, que é a produção do plano propriamente dito. A gente criou todo um calendário de socialização do plano, o que é isso? A gente vai trazer para a sociedade, através de grupos focais, para discutir, pensar em projetos e propostas que vão ser construídas dentro de um amplo debate, para ser elaborado um documento final, que vai ser apresentado à sociedade de Camaçari como nosso Plano Municipal de Segurança Pública". Ao todo, serão sete oficinas com diversos segmentos da sociedade, como de segurança pública, justiça e secretarias.
A Proposta de Estrutura do Plano Municipal de Segurança Pública foi apresentada pela socióloga e mestre em Ciências Sociais pela Ufba, Taiala Águilan, que integra o Programa de Pós-Graduação em Segurança Pública (Progesp), da Escola de Administração da instituição. "A gente construiu, mas precisa ouvir, para saber se é coerente, se é preciso ampliar, corrigir, se tem ideias novas. O documento está estruturado em três dimensões, que são: temas, compromissos e ações. Os temas que foram eleitos através do diagnóstico foram Gestão, Infraestrutura e Integração Social, cada um desses se desmembrou em compromissos. É a partir desses temas que a gente vai discutir se os compromissos são coerentes e pensar se as ações são suficientes para tornar os compromissos exequíveis", ponderou.
Do site Camaçari Notícias, Sheila Barretto, estava presente e falou sobre a participação da imprensa na construção do plano, "eu acho de extrema importância o município também se envolver com isso, diante da criminalidade que a gente está vivendo e está vendo nos últimos dias. A participação da imprensa nesse plano também é fundamental, porque é através de nós que chegam as denúncias, que são veiculadas na mídia as informações, e a gente vê muito de perto essa questão da criminalidade. Então, com essa participação da imprensa, junto com as polícias, junto com o município, para tentar estudar essa questão, eu acho que tem tudo para melhorar, porque, realmente, está complicado", avaliou a jornalista.
As oficinas ocorrem após a apresentação do Diagnóstico de Vitimização e Violências, que aconteceu no início de agosto. Os dados foram coletados entre os dias 7 e 11 de novembro de 2022, com alcance em 88 bairros, além do Polo Industrial. A análise inclui informações de temas como: quem participou do diagnóstico; caracterização da violência; cuidados com a segurança; locais seguros; vitimização e subnotificação, dentre outros.
Foto: Jean Victor