Uma torcedora argentina se livrou de responder um processo de racismo após se comprometer a comprar óleo de motor para a Polícia Militar. A Justiça do Rio de Janeiro aceitou o acordo, que garantirá o encerramento do processo.
O episódio apurado aconteceu no último dia 21 de novembro, durante uma partida entre Brasil e Argentina. A torcedora chegou a ficar três dias presa, depois que uma funcionária do Maracanã relatou à polícia ter sido chamada de "pedaço de macaco".
O Ministério Público do Rio ofereceu o acordo à argentina, identificada como Belén Mateucci. Com isso, ela escapou de ser processada pelo crime de racismo. Ela é filha de um ícone torcedor do River Plate e da seleção da Argentina.
Segundo o juiz responsável pelo caso, Bruno Vaccari Manfrenatti, Belén confessou o crime e se comprometeu a comprar 25 litros de óleo de motor para o Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios da PM do Rio (Bepe). Ela tem até o dia 10 de dezembro para cumprir sua parte no acordo, que deve lhe custar cerca de R$ 1 mil, segundo estimativa da própria Justiça do Rio de Janeiro.