Pernambuco e Alagoas registraram cerca de 500 casos de intoxicação relacionados ao fenômeno da maré vermelha. Em Pernambuco a região afetada foi o litoral Sul, entre os municípios de Maracaípe e Tamandaré. Mais de 270 pessoas, entre banhistas e surfistas, precisaram de atendimento médico após relatarem sintomas de intoxicação.
A secretaria orienta aos banhistas evitar proximidade com os locais afetados e também com sinais como odor e a coloração da água do mar, “que podem sinalizar possíveis novos episódios”.
No Estado vizinho, Alagoas, foram registrados mais de 200 casos de intoxicação relacionados à maré vermelha.O Instituto de Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA) informou que não encontrou novos pontos no litoral alagoano.
Técnicos do instituto fizeram nesta sexta-feira (2) um sobrevoo em praias do litoral norte do estado, onde os casos foram registrados, e não identificaram visualmente a presença das algas que causam o fenômeno.
O que é a maré vermelha
De acordo com o IMA, a "maré vermelha" é um fenômeno provocado pelo crescimento excessivo de algas, que podem liberar ou não toxinas.
O crescimento excessivo de algas é causado pelo aumento da temperatura e da salinidade e pelo excesso de nutrientes, além de outros fatores. Uma carga orgânica elevada contida em efluente doméstico também pode contribuir com o tempo de permanência dessas marés na região, que pode ir de 12h a 48h.
Pode ser percebido na superfície da água pelo odor e pela formação de uma grande mancha que pode apresentar tons avermelhados, alaranjados, amarelada ou acastanhados. Entre os principais sintomas de intoxicação estão enjoo, diarreia, irritação e secura nos olhos, além de falta de ar.