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Camaçarí / BA - 22 de Novembro de 2024
Publicado em 04/03/2024 20h46

ACM Neto rebate Jerônimo após fala sobre analfabetos: ‘são vítimas do descaso’

Para Jerônimo, o analfabetismo é como uma doença social; Neto argumentou que a situação é resultado de problemas na educação da Bahia
Por: Aratu online

 

O ex-prefeito de Salvador e vice-presidente eleito do União Brasil, ACM Neto, criticou a declaração do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), sobre o analfabetismo.  “[O analfabetismo] é como se nós tivéssemos uma doença. Para mim, o analfabetismo é uma doença da ignorância, de não poder ler, não pode escrever, não pode criticar. Isso acaba sendo uma doença, subjetivamente falando”, disse o gestor estadual, na última sexta-feira (1/3).

Nesta segunda-feira (4/3), ACM Neto comentou a declaração do governador, afirmando que os analfabetos não são doentes, mas vítimas do descaso com a educação. “São vítimas de pessoas como o senhor [Jerônimo], que infelizmente não consegue entender que, através da educação, a gente muda a sociedade. As pessoas mais pobres só terão condições de vencer na vida com uma educação pública de qualidade, que é o que defendo”, comentou.

DADOS

Nas redes sociais, ACM Neto disse também que a Bahia é o estado campeão em analfabetismo no país, mas dados do último Censo de 2022 do IBGE apontam que o estado é o que tem menos analfabetos na região Nordeste (10,3%). De acordo com o IBGE, as três maiores taxas de analfabetismo foram observadas no local são no Piauí (14,8%), em Alagoas (14,4%) e na Paraíba (13,6%).

ENTENDA A POLÊMICA

Em fevereiro, o governador falou sobre a possibilidade de revogar a portaria – emitida em janeiro – que cria um “regime de progressão parcial” nas escolas baianas, facilitando a aprovação de alunos reprovados em disciplinas e com baixa frequência. Disse, à época, que pediu à secretária de Educação da Bahia, Adélia Pinheiro, que conversasse com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (Aplb) e coordenadores pedagógicos sobre a medida. Isso, no entanto, não foi bem visto por parte da categoria e políticos da oposição.

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