A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) alegou que as imagens das câmeras corporais dos polícias militares que atenderam a ocorrência do acidente entre o Porsche e Sandero, que deixou um homem morto e um ferido em 31 de março, comprovam que eles falharam na conduta por não realizar o teste do bafômetro no motorista do carro de luxo. As imagens foram passadas à Polícia Civil sem ser divulgadas à imprensa.
O exame do etilômetro poderia confirmar se o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, motorista do Porsche, havia ingerido bebida alcoólica, como informaram as testemunhas do caso ouvidas pela investigação. Mas ele foi liberado pelos agentes da PM, que disseram que a mãe de Fernando havia prometido levar o filho a um hospital. A Corregedoria da Polícia Militar investiga a conduta dos PMs e poderá puni-los pela falha.
“A Secretaria da Segurança Pública informa que a sindicância aberta pela Polícia Militar concluiu, a partir da análise das imagens de câmeras corporais, que houve falha de procedimento dos policiais que atenderam a ocorrência pelo fato do motorista não ter sido submetido ao teste de alcoolemia. Diante disso, foi aberto um procedimento para a responsabilização dos policiais”, diz um trecho do comunicado da pasta da SSP.
As imagens das câmeras corporais dos agentes foram entregues ao 30º Distrito Policial (DP), em Tatuapé. Os laudos da perícia e as imagens das câmeras corporais também foram entregues à Polícia Civil.
O inquérito do caso do Porsche ainda segue em andamento. “Nos próximos dias será realizada uma reconstituição 3D para auxiliar no trabalho de investigação, que está na fase final. O caso está sob segredo de Justiça e detalhes serão preservados”, destaca a Secretaria da Segurança.
