A Bahia registrou no último dia 23 de julho a segunda morte por febre Oropouche, sendo os primeiros casos de óbito pela doença no mundo. As autoridades estaduais revelam preocupação em municípios do estado.
A primeira notificação por contaminação da doença no estado foi em março de 2024. Desde então, já são mais de 830 casos. A maioria no sul e baixo sul baiano — região das mortes confirmadas: duas mulheres com menos de 30 anos e sem comorbidades.
O Ministério da Saúde informou que, até então, não havia nenhum relato na literatura científica mundial sobre a ocorrência de mortes pela doença. Uma investigação buscar apurar se as mortes causadas pela febre do Oropouche têm relação com uma versão mutante do mosquito.
O Culicoides paraensis, é o principal transmissor do vírus que pode causar a doença, e é conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que se prolifera em lugares úmidos e com materiais em decomposição. O Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, é 20 vezes maior.
"Dor de cabeça, dor nos olhos, febre. Não é uma febre tão alta, mas você tem febre. A resposta imune do Oropouche, ainda não conhecemos. Como é que nossas células estão respondendo ao ataque desse vírus? Então, isso precisa ser melhor investigado e analisado”, afirma Gubio Soares, virologista da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
O Ministério da Saúde registrou mais de 7,2 mil casos em 2024. A maioria no Amazonas e Rondônia. A orientação básica é a mesma da dengue: acabar com os focos de mosquito e procurar atendimento nos primeiros sintomas.