O Ministério Público da Bahia (MP-BA) solicitou, na última quarta-feira (6), que os vendedores ambulantes e proprietários de estabelecimentos removam mesas, cadeiras e barracas das calçadas. Em entrevista ao Jornal da Bahia no Ar, nesta sexta-feira (8), o proprietário do Bar do Léo, no bairro da Saúde, em Salvador, Léo Alonso, afirmou que se a medida for implementada, o futuro do estabelecimento pode ser de portas fechadas.
“Estamos muito assustados, retirando as mesas nos iremos fechar. Na Saúde não existe estabelecimento com espaço interno, todos os bares utilizam a rua. A gente zela por aquilo ali, ali não tem bagunça, é um local familiar […] Todas as pessoas são pessoas da comunidade, ali não tem baderna”, disse Léo.
Segundo o MP-BA, o intuito é fazer com que as pessoas deixem de ser forçadas a circular pelo meio da rua, o que pode gerar acidentes. No entanto, Léo destaca que o trânsito de pessoas na região faz com que os moradores também se sintam seguros no bairro.
“A presença de pessoas na rua num bairro como a Saúde é muito importante, porque as redondezas, como a Baixa dos Sapateiros, Aquidabã, estão abandonadas. Esse movimento que conseguimos fazer na Saúde, fez com que a gente povoasse a comunidade. É melhor ter pessoas nas ruas, transitando pelo bairro, do que o bairro deserto, podendo acontecer assaltos, crimes”, completou
A Prefeitura de Salvador tem um prazo de 60 dias para apresentar um plano contínuo de fiscalização das atividades dos bares na cidade.