Após dois anos de atraso, começou há 29 dias o Censo 2022. No entanto, vários estados do país estão registrando contratempos na coleta. Recenseadores têm relatado dificuldades para serem atendidos pelos moradores, tentativas de estupro, agressões verbais e físicas, roubos de equipamentos e bens pessoais e atrasos nos pagamentos da remuneração
O IBGE informou que todos os casos estão sendo verificados, e que o procedimento está dentro dos prazos legais.
Recenseadores de Fortaleza receberam com atraso o pagamento da remuneração. O chefe do IBGE no Ceará, Francisco Lopes, explicou que o sistema de pagamento do órgão começou a receber informações de recenseadores do país todo e que acabou não suportando a gama de informações. Contudo, dias depois, o problema foi resolvido e os recenseadores receberam o pagamento, segundo o IBGE, e os próprios profissionais confirmaram o recebimento.
Em Bauru, interior de São Paulo, o aparelho usado no Censo foi arrancado das mãos de um recenseador por um criminoso, que conseguiu fugir.
Em Rio Branco, no Acre, recenseadores foram vítimas de assaltos durante as visitas. As equipes já sofreram cinco assaltos desde o início dos trabalhos. Dois Dispositivos Móveis de Coleta (DMC), usados pelos servidores, foram levados durante os crimes. Em nenhum dos casos houve agressão, segundo a coordenação.
Segundo o IBGE, quando há roubo ou furto desses equipamentos, o aparelho “é rastreado, apagado e inutilizado, sem prejuízo do sigilo garantido aos informantes ou moradores. Sobre a segurança dos dados coletados, ela é garantida com o uso da criptografia, os dados gravados no dispositivo móvel de coleta são criptografados”.